A Petrobras está mais próxima de resolver o imbróglio com a Sete Brasil, empresa criada para atender à demanda de sondas da petroleira na camada pré-sal. Um acordo é fundamental para evitar efeitos negativos em série na cadeia produtiva, afirmam fontes próximas à negociação.
Nesta quinta-feira (01), a estatal anunciou em fato relevante que seu Conselho de Administração aprovou os principais termos para um possível acordo com a Sete Brasil no âmbito da mediação extrajudicial.
Conforme apurou o DCI, a Petrobras está “irredutível” em todas as suas negociações. “Toda conciliação exige certa flexibilidade das partes, mas depois da Lava Jato a estatal está com muito receio de que isso possa ser interpretado, de alguma maneira, como falta de compliance”, diz uma fonte próxima às negociações com a Sete Brasil.
No entanto, a fonte acrescenta que o acordo é fundamental para a retomada da cadeia da Petrobras. “Se essa conciliação não for para frente, o plano de recuperação judicial da Sete Brasil pode ser reprovado na assembleia com credores e aí a o setor quebra de vez”, assinala.
A Sete Brasil entrou com pedido de recuperação judicial em 2016. No ano seguinte, os acionistas iniciaram uma arbitragem contra a Petrobras afirmando que tiveram perdas bilionárias com o encerramento dos contratos.
Termos
Os principais termos da conciliação, informou a Petrobras em fato relevante, são a manutenção dos contratos de afretamento e de operação referentes a 4 sondas, com o encerramento de outros 24 equipamentos. Adicionalmente, os contratos terão vigência de dez anos com taxa diária de US$ 299 mil, incluindo neste valor o afretamento e a operação dessas unidades.
Os termos também incluem a saída da Petrobras e de suas controladas do quadro societário das empresas do Grupo Sete Brasil e do FIP Sondas, “de forma que não detenha mais qualquer participação societária nessa empresa, bem como o consequente distrato de todos os demais contratos não compatíveis com os termos do acordo”, informa o documento. Além disso, a Sete Brasil terá que apresentar o nome de um operador com experiência internacional e em águas profundas para operar as sondas.
Fonte: www.dci.com.br – 02/03/2018 – 05h06
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